O pai do menino Bernardo, em audiência na manhã de ontem, negou ter ligação com a morte do filho e alegou que amava o menino. Ao ver a assinatura da receita de Midazolam, atribuída a ele nos autos, negou ser dele a letra.
Leandro Boldrini afirmou diante do juiz: “Eu estou nocauteado, com o juiz contando em cima. Estou com a vida destruída. Perdi meu filho. Cadê o Bernardo? Minha vida está destruída, cadê meu filho?” “O senhor está lutando por uma causa perdida. Sou inocente. Amo o meu filho, vou amar o meu filho para sempre”. Assim se pronunciou também para o advogado.
Mas será que diante destas declarações pode-se concluir arrependimento ou é fruto de orientação de advogado para defesa? Para o psiquiatra Carlos Hecktheuer a resposta é não. Conforme explica, a linguagem usada pelo réu, diante do juiz, revela uma jogada dos advogados, com palavreados que não são usados por médicos. Ele afirma não ter dúvidas de que o pai de Bernardo é um psicopata, querendo apenas se livrar da sua responsabilidade, a qualquer custo, ou diminuir a pena passando-se por louco.