Mais de 10 usuários são internados de forma compulsória por semana na cidade

Créditos: Divulgação

Nos próximos dias, passará a valer em São Paulo a internação compulsória de usuários de crack. O assunto é polêmico e as opiniões divergem sobre o direito do dependente de aceitar ou não o tratamento. O que muitos questionam é o perigo que a medida se torne rotineira, não levando em conta outras alternativas de tratamento.

Nem todo usuário precisa ser internado involuntariamente. Em Passo Fundo e no Rio Grande do Sul a internação involuntária por decisão judicial já existe. Ela é adotada em casos pontuais onde o médico avalia a incapacidade do dependente de decidir por si próprio. Uma solução paralela seria investir mais em Centros de Atenção Psicossocial para álcool e drogas (CAPs), ainda muito poucos no país.

O serviço teria como vantagem atender a pacientes em fases menos agudas da dependência, sem a necessidade de internação prolongada. Segundo a coordenadora municipal do CAPs Álcool e Drogas, Andressa Rebequi, a internação involuntária tem funcionado bem na cidade.
Segundo a coordenadora, a demanda do Fórum pelas avaliações e posterior internação é grande e conforme explica, na maioria dos casos a internação é necessária.

O processo funciona da seguinte forma: a equipe da Saúde encaminha ambulância e recebe apoio da Brigada Militar, para encaminhar o paciente ao CAPs, onde ele é avaliado. Atualmente, de acordo com Andressa, quando a família pede a internação compulsória a Justiça, ela ocorre de forma tranqüila, não levando mais de uma semana de espera, no Hospital Bezerra de Menezes e também em outros hospitais da região cadastrados. Na cidade, hoje, 46 usuários estão internados ou fazendo tratamento no CAPs.

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